abril 30, 2011

Anjos Perdidos - Na teoria é fácil

Capítulo 2 – Parte 2

Alan ficou olhando para o mar por mais algum tempo. Quando resolveu juntar-se aos anjos, Ezequiel e Gabriel haviam ido embora. Daniel estava sentado na rocha. parecia meditar. O garoto sentou na areia macia e ficou em silêncio, não queria desconcentrar o anjo.
- Você não vai poder ir embora para casa. Vamos tirá-lo da memória de sua mãe e das pessoas que te conheciam. Você é um perigo para eles.
Alan sentiu um aperto forte no peito, como se tivessem comprimido seu pulmão. Entendia a lógica do anjo e sabia que realmente era o certo mas não queria aceitar. Perder sua mãe e seus amigos, as garotas com quem tinha ficado iriam esquecê-lo, perder uma vida.
- E vou ficar onde?
- Em outro lugar longe de onde morava.
Ele olhou a sua volta, não tinha nada na praia a não ser rochas e conchas.
- Onde eu vou dormir?
- Em uma casa abandonada.
- E onde é essa casa?
- Em uma praia qualquer.
- Eu vou ficar sozinho lá?
- Vamos revezar, você nunca vai ficar sozinho.
Alan pensava porque aceitou, nas consequências que teve, se aquilo tudo valia a pena. No momento achava que não.
- Onde esta o Gabriel e o Ezequiel?
- Ezequiel foi chamado para olhar Ledge, aparentemente acharam outro serafim. Gabriel foi chamado por Deus.
- Acharam outro serafim?
Ele ficou surpreso com a rapidez com que tudo acontecia.
- Sim, Ezequiel foi resgata-lo de Ledge vai trazê-lo para cá, para ver se ainda tem a graça divina, se tiver vai ser levado para o céu.
Alan ficou ansioso afinal seria um a menos para ele cuidar.
Andava intranquilo pela praia até que no caminho viu a sua espada jogada na areia, pegou-a, sentia na mão o seu peso, começou a balançar no ar, cada vez que balançava mais, a espada ficava leve, era fácil de empunha-la. Como se tivesse tomando vida e agindo do seu próprio jeito, a espada começava a girar na mão de Alan, ele atacava, defendia, empunhava, com muita facilidade, precisão e agilidade. Ficou perplexo, conforme lutava sozinho, sorria porque estava gostando de conseguir fazer tudo aquilo, parecia que tinha nascido para empunhar uma espada. Começava a se divertir.Ficou um bom tempo sozinho treinando, até cansar.
 Sentou-se na areia do lado de Daniel que continuava na mesma posição.
- Vocês lutam diferente como?
O anjo levou alguns minutos para responder.
- Na verdade é do mesmo jeito, A diferença é que as nossas espadas são feitas de luz.
- Como assim? (Alan imaginou Daniel com a espada na mão e de repente ela se torna um sabre de luz, ele riu).
- É igual a sua só que é celeste, somente arcanjos, seres puros, sabe, podem usá-la, porque nós somos feitos de luz também, mas vocês humanos não tem essa luz, por isso que queimam quando tocam nela. Deveriam ter a luz...
- E porque não temos?
- Deixaram os males influenciar, a ganancia, o ódio, sedução, luxuria, esses males que vocês tanto gostam, tiraram o pouco de luz que vocês tinham.
Ele não sabia se queria responder ao anjo ou se queria descansar, era muita informação em menos de um ano e ainda não estava digerindo tudo como deveria.
- Posso ir embora agora?
O anjo respirou fundo levantou-se da rocha e olhou o mar por alguns instantes.
- Vamos, amanhã tem mais.
Virou para o garoto com a mão aberta, a luz e a dor cortante vieram e logo passou quando chegaram. Ele estava de pé pela primeira vez, olhou a sua volta uma praia deserta com muitos coqueiros e troncos caídos. Olhou para um morro e lá tinha um pequeno chalé de pedras.
- Vamos.
Daniel disse seguindo para o chalé, Alan foi atrás. O lugar era bonito e tranquilo.
“Talvez não seja tão ruim....”
Chegando no chalé Daniel entregou uma chave antiga de ferro a Alan enquanto olhava em volta. Alan abriu a porta.
O chalé era bem simples porém aconchegante, a sala era pequena, tinha uma televisão (mas ele duvidava que tivesse sinal) um par de sofá marrom com muitas almofadas floridas, um tapete marrom grande sobre o piso de pedras. Uma pequena porta do lado direito levava a cozinha, bem simples, tudo de madeira. Na cozinha no canto direito tinha uma escada em caracol de ferro, Alan subiu a escada tinha um pequeno corredor. Do lado esquerdo dava para o banheiro, era todo azul decorado com algumas conchas na parede e tinha uma banheira antiga. O lado direito levava para o único quarto, tinha uma cama grande e aconchegante, uma janela que dava para o mar. A casa era cheia de janelas com belas vistas.
Ele gostou do lugar, era diferente de tudo que já tinha visto. Tomou um banho e se deitou, no relógio marcava 10h00min, era o mais cedo que conseguia dormir.
 Daniel ainda estava do lado de fora, não quis entrar.
Alan olhava para o teto do quarto, na sua mente vinha todas as pessoas que conhecia, a essa hora achava que nenhuma se lembrava dele, e ele se lembrava de todas. Suspirou fundo, sua visão começou distorcer então uma lágrima escorreu pelo rosto. Já era tarde não podia fazer mais nada por eles. Agora vai até o  fim só para ter a paz que tanto desejava.

G.C.Pezzatto – 28/04/11



 foi para o quarto, ficou deitado na cama olhando para o teto, pensando em tudo, no pesadelo, como foi parar no ch

Encontro

Se olharam
Tentando desvendar um ao outro
Queriam se tocar
Mas os pensamentos os impediam.

O desejo crescia
Ficavam excitados
A cada segundo que passava.

Ela se aproximou um pouco mais.
Em sua cabeça aquilo era errado
Uma garota nunca deveria tomar a iniciativa.

Ele gostou
Achava que estava no comando
segurou sua cintura, era quente.

Ainda olhavam profundamente
Olhos escuros e olhos claros
Misturavam o ambiente.

Ele não conseguiu se segurar,
A puxou, a beijou.

Ela o abraçava com toda a sua força
Não queria ser largada.

Depois em um lugar a sós
Para satisfazer a vontade
Ele queria cada vez mais
A achou fácil demais...

Boas garotas não vão para a cama
Nos primeiros encontros.

G.C.Pezzatto - 26/04/11

abril 27, 2011

As vezes

As vezes não dura, chega de repente e nos abandona sem ao menos nos dar uma explicação.
As vezes ele vem bem devagar, nos faz ver cores que nunca vimos, sentir a todo segundo todas as sensações do mundo.
As vezes ele fica, fica e trás tanta felicidade para os dois.
E as vezes chega a dar um "tchau" e se você for esperto também dará, porque ficar pedindo pra ficar não vai adiantar...Já foi.
As vezes volta, as vezes não...
Mas as vezes chega com tanta vontade que esse tal de amor fica de verdade. Marcado no tempo, nas lembranças, imagens, músicas, filmes...
E as vezes tem pelo menos uma pessoa que se lembrará dele.

G.C.Pezzatto - 07/01/11

Prazer instantâneo

Deitados nus na cama
Molhados de suor e hormônios
Não enxergavam mais nada
Nem um ao outro.

Entre gemidos de prazer
Ao barulho do sexo
Sabiam que dali
Não iriam passar.

Não tentavam ser um corpo
Não tentavam ser uma alma
Queriam se afogar no gozo
No prazer instantâneo.

Depois de tudo
Cada um se vestiu
Não olharam um para o outro
Deram as costas.

Tinha sido divertido
Estavam satisfeitos
Mas agora é hora de partir
De cada um tomar seu rumo.

Ela foi para o lado esquerdo
Ele para o direito
E a unica coisa que ficou
Foi a cama desarrumada no motel.

G.C.Pezzatto - 26/04/11

abril 26, 2011

Anjos Perdidos - Na teoria é fácil

Capítulo 2 

Parte 1

Parecia que estava sendo cortado mais lentamente que a última vez. Caiu de quatro no chão com a mão direita na barriga dolorida. Estava na praia, ouvia o mar e sentia a areia branca macia. Olhou para cima, ainda de quatro e lá estava os três anjos.
- Ainda não dá para você sair procurando os serafins. Precisa aprender a lutar antes, sabe, demônios são extremamente fortes para os seres humanos e como você não pode usar as nossas espadas (E nisso Daniel mostrou uma espada branca, brilhante, era grande e no punhal tinha pedras, talvez diamantes), trouxemos uma comum para você (mostrou uma espada de lâmina que não era tão brilhante e bonita), vamos pegue.
Alan levantou-se ainda curvado por causa da barriga dolorida, pegou a espada da mão do anjo, era mais pesada do que imaginava. Examinou-a e olhou a outra espada na mão de Daniel.
- Porque não posso usar essa daí?
- Essa é a espada dos arcanjos, você não conseguiria usá-la, pegaria fogo só de tocar nela.
Ezequiel e Gabriel estavam afastados, perto da barreira de conchas, olhavam para o mar.
- Agora, com permissão de Deus trouxemos uma pessoa para ensina-lo a manuseá-la...
- Porque você não me ensina?
- Porque não uso uma espada comum, a minha luta é diferente da sua e vê se não me interrompe ok? (Olhou sério para ele), trouxe um guerreiro, um viking na verdade (Daniel sorriu e apontou para trás de Alan), e lá está ele.
Alan olhou para trás, um homem enorme com barba e cabelos ruivos, um capacete de ferro com dois chifres bem grandes e uma roupa feita de couro e pele de animais, tinha em uma das mãos uma espada e na outra um escudo. Vinha rapidamente na direção de Alan, com uma expressão bem zangada.
- Ah! Tinha me esquecido, seu escudo (esticou o braço e entregou um escudo velho e amassado a Alan),acho que é melhor você começar a se preparar, ele pode te deixar em pedaços.
- Você acha!
Antes de o anjo terminar de falar o viking estava quase em cima de Alan com a espada em punhalada partiu de vez para cima dele que tentou se defender como escudo e acabou caindo no chão. O viking tentou acertá-lo mais uma vez, o garoto rolou para o lado escapando por pouco da espada, se levantou e começou a correr, não tinha ideia do que deveria fazer.
- O faz parar!. Gritava para os anjos.
O viking corria atrás dele balbuciando algo que não dava para entender.
Os anjos estavam juntos olhando-o, conversavam tranquilamente sobre alguma coisa.
- Façam algo! Ele vai me matar!
O garoto corria para lá e para cá, se esquivando do viking enorme que apesar de gordo conseguia alcança-lo, tentando acertar com a espada. Alan estava entrando em desespero, a espada era pesada e o escudo mais pesado ainda, começava a ficar cansado de correr, mas não dava para parar.
 - Vocês não acham que é melhor acabar com isso? Gabriel falou olhando um pouco preocupado.
- Estava pensando nisso também, acho que Alan não vai conseguir levantar a espada de qualquer jeito, ela é bem pesada, diferente da nossa sabe.
- Verdade? Olhando parece leve.
- Pois é eu também achava você a segurou Ezequiel?
O anjo que nada tinha falado até agora olhava Alan correr do viking de um lado para o outro.
- Não, não segurei... Porque você trouxe um viking?
- Olha... Não sei nada dessas armas humanas e a única ideia que tive foi de alguém que usou muito, a ideia do viking passou pela cabeça, achei que fosse ser legal (falou na tentativa de se explicar, mesmo sabendo que foi uma péssima ideia).
- É... Também não sei nada dessas armas mas acho que o garoto vai se dar bem.
Ezequiel continuava olhando Alan que continuava correndo do viking, gritando por ajuda dos anjos.
Alan tropeçou no que caiu a espada e o escudo voaram de suas mãos, caíram a centímetros dele, o viking veio com tudo com a espada em punhalada estava prestes a acertar Alan, até que sumiu. O garoto se sentiu aliviado e se jogou no chão.
Gabriel foi até ele.
- Você esta bem? Foi por pouco (e deu uma risada), quase virou picadinho.
Ele tentou se recompor o anjo o ajudou a levantar.
- Isso não teve graça, qual é o problema de vocês? E se ele me matasse?
- Ele não ia te matar, estávamos olhando.
Daniel foi até eles.
- E aí tudo bem? Aprendeu alguma coisa?
Alan não sabia se ficava quieto ou se xingava pra valer o anjo.
- Sim, que vocês são loucos e como fugir de um viking sem ajuda de quem deveria me proteger!
- Calma cara, eu não entendo nada de seres humanos, só estava tentando ajudar.
Alan ainda tentava controlar a respiração, estava ofegante demais.
- Você quer ajudar? Então não faça mais isso!
Gabriel tentou acalmar o garoto, o levou até uma rocha onde dava para ele se sentar. Alan ficou lá até recuperar a sua força e acalmar os nervos. Os anjos estavam em volta dele.
O garoto olhava o mar e a barreira de conchas, quando a lembrança da concha que havia saído de sua orelha lhe veio na mente. Seu estomago embrulhou por causa da lembrança, precisava perguntar para eles, afinal, a concha era igual aquela.
- Uma vez em uma das crises que tive por causa do pesadelo, tive algumas visões dessa praia e de repente uma concha igual a essas (e apontava com um leve desespero para a barreira), saiu da minha orelha! Foram vocês? O que foi aquilo?
Ezequiel e Daniel estavam confusos, prestaram atenção no que Alan dizia mas não faziam ideia do que poderia ser.
Gabriel deu uma risada sem graça e falou.
- Fui eu garoto. Sabe, era uma mensagem de que eu estava indo te ver te ajudar.
Alan não acreditava no que ouvia.
- Mensagem? Aquilo era uma mensagem?
Controlava-se.
Os outros dois anjos olhavam Gabriel, espantados. Gabriel olhava deles para Alan.
- Eu simplesmente não podia mandar uma luz para você com uma voz de fundo falando que eu estava indo. (ria nervosamente)
- Eu quase fiquei surdo!
- Você fez uma concha sair da orelha dele? (Daniel olhava indignado)
- Precisava mandar uma mensagem sem que Ledge percebesse!
- Você fez uma concha sair da minha orelha, tem ideia de como isso me assustou? A historia de ser uma mensagem de um anjo nem passou pela minha cabeça!
- Foi mal cara... Olha nem sei o que lhe falar.
Alan levantou-se e se afastou dos anjos, estava ali para salvar os tais serafins perdidos e não para aturar anjos que quase o mataram enquanto deveriam apenas protege-lo.
Gabriel se sentia mal, Ezequiel sentou-se atônito sem saber o que falar.
- Você fez uma concha sair da orelha dele? Cara você pegava mais leve quando tinha que mandar mensagens. (Daniel estava indignado)
- É eu sei, mas o s tempos mudaram e eu não sabia que iria assustá-lo, achei que ele fosse entender.
- Uma concha saiu da orelha dele. Até eu que sou anjo ficaria assustado com isso.
Gabriel suspirou e deu de ombros não sabia o que fazer.
Ezequiel se levantou deu uns tapinhas nas costas de Gabriel e foi até Alan que olhava o mar.
- Tente entender, nunca lidamos com um ser humano de perto antes, é tão difícil para nós como é para você.
- Não sei, não foi você que quase perdeu a audição com uma concha, quase morreu por causa de demônios e de um viking doido. Não é você que tem que ir atrás de anjos perdidos para poder ir para céu.
Ezequiel ficou em silencio, os dois olhavam para o mar. Alan estava de braço cruzado, ainda sério.
- Mas estamos passando por aprovações também, temos que lidar com você, protege-lo e sim, nós também podemos morrer por causas demônios, mas faremos isso por um bem maior, pelos serafins e pela humanidade. Então... (olhou para trás e viu Gabriel e Daniel distantes os olhando curiosos e ansiosos para saber o que estava acontecendo) nos perdoe, estamos aprendendo a lidar com você, aprendendo a admirar a força dos seres humanos.
Alan olhou para o anjo, não sabia se devia falar que seres humanos não são tão bons assim ou ficar quieto. Olhou o anjo e sabia que apesar de toda aquela frieza de Ezequiel estava tão perdido com a situação quanto ele. Olhou para Gabriel e Daniel que estavam olhando preocupados.
“É... eles também devem estar passando por algo ruim como eu”.
Ele sorriu forçadamente para o anjo.
- Tudo bem então, mas nada de vikings ou conchas tá bem?
- Tudo bem, eu vou dizer isso aqueles dois.
Ezequiel saiu e foi andando em direção aos dois anjos.
Alan olhou para o mar preocupado.
“É... Agora fodeu!”

G.C.Pezzatto   25/04/11


 foi para o quarto, ficou deitado na cama olhando para o teto, pensando em tudo, no pesadelo, como foi parar no ch

abril 24, 2011

Olhos Azuis

(admiro)


Vi nos olhos azuis
Algo que nunca sonhei.
Vi nos olhos azuis
Algo que desejei.
Vi nos olhos azuis
Amor crescer.
Vi nos olhos azuis
Amor que não vou esquecer.
Vi nos olhos azuis
A vontade de ser realidade.
Vi nos olhos azuis
O tamanho da minha vulnerabilidade.
Vi nos olhos azuis
Desejos.
Vi nos olhos azuis
Meus olhos, tão sonhados.

Vi nos olhos azuis
Sonhos que quero fazer.
Vi nos olhos azuis
O corpo que quero ter.
Vi nos olhos azuis
Suspiros juvenis.
Vi nos olhos azuis
Sentimentos infantis.
Vi nos olhos azuis
O amor da minha vida.
Vi nos olhos azuis
A oração divina.

G.C.Pezzatto - 23/04/11

Estômago


Cabelos loiros e compridos que balançavam por causa do vento. Ele a via ir embora, cada passo que ela dava era como pequenas pontadas em seu estômago. Por que ele sentiria isso em seu estômago, não deveria sentir no coração?
Mas era ele que havia terminado o namoro. “será que fiz besteira?”
A garota andava serenamente, entretanto, havia lágrimas em seus olhos e coincidida mente as pontadas também acompanhavam seu estômago em seu coração eram agulhadas. Mas estava serena, porque sabia que o que realmente queria que ele fosse feliz. E ela um dia iria ficar bem.
Ela era parte dele, a menina dos olhos, a mulher de sua vida e agora ela se foi.
Se amar me chama que eu vou!
Ama ou não ama? Era isso mesmo que ele sentia. Depois de tempos juntos, de conhecer e amar suas manias e defeitos. Tanto tempo juntos e ele ainda não sabe se era para ter aprendido a dizer a ela, mas gostaria de ter dito, as coisas poderia ter sido diferentes.
E as pontadas no estômago, viraram agulhadas no coração e escaparam como lágrimas em seu rosto.

G.C.Pezzatto - 2007


Feliz Páscoa!

Muitos ovos para vocês!

abril 23, 2011

R

Real para mim
Apaixonei por um olhar.
Foi só satisfação para você
Aprendi a te odiar.
E agora quero que suma
Longe de vez e não volte a me assombrar.

G.C.Pezzatto

Rezei por um amor
Amor que fosse verdade.
Falei aos anjos com muito louvor
A abençoar a nossa amizade.
Egoísta, você não deu valor
Longe de você ter humildade.

G.C.Pezzatto - 23/04/11

Erro

Queria estar longe,
Daqui, desse lugar.
Não suporto mais você,
A me machucar.

Ela não te quer de verdade,
É só para te manipular.
Você é só mais um troféu na estante dela,
Logo ela irá te largar.

Você diz que é bom,
Mas não sabe crescer.
É egoísta demais,
Para entender o que é amadurecer.

Você esta sendo horrível,
Eu preciso falar.
Esta na hora de ouvir a verdade,
Comece a valorizar.

Você é infantil demais,
E ela só quer ganhar.
Não sei quem é pior,
Vocês não sabem o que é amar.

Obrigada por tudo que passei,
Por não saber valorizar.
Você é um arrependimento,
Graças a você aprendi a odiar.

G.C.Pezzatto - 23/04/11

abril 18, 2011

Thá e Lá

(Para as minhas queridas amigas)


Para sempre nada dura,
Tudo passa tão rápido como um olá,
Procurando uma amizade pura,
Como Thá e Lá.

Procurando uma flor,
Talvez a flor-de-lis,
Demonstrando a minha amizade com valor,
Para Thaís.

Não sei qual é seu sonho,
Tenho certeza que é o mais feliz,
Não deixará ele para trás suponho,
Minha querida Laís.

Querendo demonstrar carinho e afeto,
Esses versos tortos fiz,
Estarei sempre por perto,
Para Thaís e Laís.

Finalizando...A amizade,
Não é fácil de se ter,
E difícil de cuidar.
Para com o tempo amadurecer,
Só aprendendo a amar.

G.C.Pezzatto - 18/04/11

abril 16, 2011

Anjos Perdidos - O Começo

Parte 7 (Final)

A tarde foi comprar uns livros que precisava para a faculdade. Andava pelo centro da cidade desanimado, não sabia se era porque odiava o centro ou ser era por causa do anjos. Sentou-se em um banco para esperar sua mãe que estava comprando roupas em liquidação numa loja. Olhava a sua volta as pessoas andando, tão diferente umas das outras, gostaria de saber se mais alguém estava passando pelo mesmo que ele.
- Sim, tem sim mas são poucas, e não é exatamente o mesmo que você, digamos que a sua tarefa é ainda um pouco mais....Complexa.
Alan levou um susto, de repente um rapaz jovem que apresentava ter a mesma idade dele, estava sentado do seu lado.
O rapaz o olhou sorri dente e nem um pouco surpreso, disse.
- Acho que você já sabe quem sou.
- Daniel, certo?
O anjo sorriu para Alan, olhou para frente e respirou o ar como se fosse o mais puro.
- Você vai me contar ou não?
- Vou sim mas tem certeza que agora é uma boa hora?
- Se não agora será quando?
- Mais tarde talvez.
- Você tá me enrolando!
- Não Alan, eu estou te protegendo, existem detalhes importantes que apenas os anjos sabem e se eu lhe contar agora....O homem que esta na banca de jornal, vendo uma revista casa e construção vai saber...Acredite, não vai querer que ele saiba.
Alan olhou para a banca de jornal e lá estava o homem a observa-lo. Daniel se virou para olhar também, o homem se assustou e saiu apressado para o lado oposto do deles. Daniel respirou fundo e se levantou.
- Com licença, eu já volto.
Foi andando na direção do homem e alguns segundos depois já estava do lado dele, tocou imperceptivelmente seu ombro e voltou para o lado de Alan. Segundos depois o homem caiu no chão.
- O que você fez?
- Possessão, só o tirei. Não tem o direito de possuir o corpo dos humanos, já tem uma alma atormentada dentro, não precisa de mais nada.
Olhou para Alan com um sorriso no rosto como se tudo aquilo fosse divertido. Era com certeza mais baixo que Alan, era moreno com olhos bem verdes e por mais que fosse um anjo, notava-se as garotas o olhando.
(As vezes eles permitem serem vistos nas suas formas humanas, por mais de um humano mas só quando querem).
Sua mãe saiu da loja cheia de sacolas feliz da vida. Foi de encontro a eles.
- Eu sei que exagerei mas estava com um preço tão bom.
Ela olhou para Daniel e sua expressão mudou completamente, como se estivesse hipnotizada..
- Olá você é amigo do Alan? Eu não o conheço qual é seu nome?
Alana olhava dela para ele. "Que merda ele fez com a minha mãe?"
- Oi sou o Daniel, eu e o Alan somos amigos recentes. prazer em conhece-la.
Estendeu a mão para cumprimenta-la.
- Prazer.
Ela disse derretendo-se pelo anjo.
- Pelo amor de Deus! Ela é minha mãe!
Alan falou explodindo de raiva e indignado.
Sua mãe o olhou surpresa e constrangida ao mesmo tempo. Daniel apenas sorria.
- Que isso Alan. Ela falou baixinho envergonhada.
- Tudo bem acho que é melhor eu ir. Nos vemos mais tarde então?
Disse a Alan e  seguiu seu caminho.
- Nossa que jovem maravilhoso.
- Qual é mãe, tá me dando nojo!
Os dois seguiram para casa.
Ele esperou o anjo a tarde e o inicio da noite, andava impaciente por todos os cômodos. Cansado de esperar sentou no sofá e ligou a TV procurando algo de bom para ver.
Sua mãe já tinha ido dormir, eram 23h15min.
- Você não vai ver pornografia né?
Ele levou outro susto, queria xingar o anjo mas achou melhor não fazer.
- Não faça isso. Falou entre os dentes.
- Você sabe que é pecado ver pornografia. E ria da cara de Alan.
- Você vai me contar agora?
- Vou sim e quero que preste atenção porque é de extrema importância.
O anjo ficou sério e olhava firme e fixamente para o garoto.
- Você já ouviu  fala de Samael, creio eu. Aquele que se rebelou contra Deus.
- O diabo?
Daniel respirou de um modo doloroso.
- Sim, seu nome também é Samael. A batalha que foi travada dividiu os céus, muitos anjos foram mortos, em toda a hierarquia.Os que se rebelaram foram expulsos junto a Samael e os poucos que sobraram cuidavam novamente do reino dos céus. E é aí que você entra.
Alan deu uma risada.
- O que eu tenho a ver com isso, nem estava lá.
- Você estava lá, assim como os outros serafins que cairam e se perderam na Terra.
- O que?. falou em quase sussurro.
- Sempre existiram poucos serafins porque ficam apenas em volta de Deus. Nessa batalha mais da metade morreu e nove cairam na Terra. Vivem em um ciclo, nascem como humanos, vivem, morrem e nascem novamente. Fizemos de tudo em busca deles mas no momento em que nascem....A graça divino diminuí cada vez mais dificultando a nossa busca. Só nos momentos de muita fé que os encontramos.
Alan ficou atordoado em ouvir tudo aquilo, como ele um cara comum que faz quase tudo de errado podia ser um anjo.
- Como eu posso ser um desses? Você tem certeza? Porque eu acho que você tá enganado.
- Não estou e nem o céu esta. Ouvimos a sua prece quando Ledge te achou, você é um serafim perdido.
- É por isso que ele tá atrás de mim?
- Sim, ele quer persuadir você para o lado deles. Querem que você passe a louvar Samael.
- O que?. Ele ria achava isso impossível.
Daniel não riu continuava sério.
- Você realmente acha que isso pode acontecer?
- Sim acho,  eles tem meios  de confundi-lo e influencia-lo, você pode entrar na deles sim.
Alan começava a acreditar na história, achava que podia ser um anjo perdido.
- E agora eu volto para o céu?
- Não, você não tem mais a graça divina.
- Como assim, você vem atrás de mim, demônios vem atrás de mim e eu não posso voltar para o céu? Não é lá o meu lugar?
- Quando um anjo perde a sua graça divina ele deixa de ser anjo, não pode entrar no reinos dos céus. Estamos a procura dos nove, você é o quarto que encontramos e nenhum tem a graça divina, estamos apenas protegendo-os para que Ledge não os leve, sem a graça é mais fácil para se tornar um deles.
- Então eu não vou para o céu e nem para o inferno. Vou ficar preso nesse ciclo?
- Não, os que não tem a graça logo que morrerem vão para o céu mas não para a sua função de origem....Você por outro lado pode voltar a sua função com apenas uma condição.
- E qual é?
- Ajudar na busca e proteção dos outros cinco.
Alan ficou perplexo.
- É chantagem? Como eu vou buscá-los e proteger, não consigo me proteger muito menos um bando de anjos sem asas.
Daniel olhou para baixo respirou fundo e disse em um tom como se implorasse a ele para aceitar.
- Olhe...Você é diferente dos outros serafins. É o mais importante por isso Deus lhe deu essa chance.
- Porque sou o mais importante?
- Foi o primeiro a ser criado.
Ambos ficaram em silêncio.
- Deus sabe as coisas que você fez e faz. Sabe seu jeito e que realmente perdeu a graça divina. Se não fosse por esse detalhe não nos serviria como os outros. Agora depende de você se quer essa chance ou não.
Alan respirou fundo, não entendia seus sentimentos, se queria voltar a ser um serafim e porque queria.
- Eu posso pensar?
- Claro dê a resposta quando estiver pronto.
Daniel sorriu e sumiu num piscar de olhos.
Ele foi deitar-se e tentou dormir. Uma força em seu interior tinha vontade de rezar mas ele não ouviu, virou para um canto e ficou olhando a parede até adormecer.
Três semanas se passaram , ele já sabia a resposta e estava firme com a sua decisão. Agora era só esperar por Daniel para dizer. Não fazia idéia do que aconteceria depois mas sabia que era isso que queria para ser deixado em paz um dia.
saiu do banho e ainda de toalha foi para seu quarto se trocar. Abrindo a porta viu não só Daniel mas Ezequiel e Gabriel, todos o olhavam firmes. gabriel e Daniel sorriram, Ezequiel continuava sério.
- Olá Alan já pensou na resposta então.
- Sim pensei.
- E qual é? . Falou Gabriel apreensivo.
Alan olhou os anjos, sabia que não importava o que escolheria a sua vida nunca mais seria a mesma...
Sim eu ajudo você. Disse firme.
Um medo dominou seu interior porém sabia que isso era o certo.
Os anjos se olharam. daniel e Gabriel abriram sorrisos. daniel foi até o garoto, estendeu a mão com um comprimento e disse.
- Que bom estamos felizes com a sua resposta.
Ele apertou a mão do anjo e sorriu, apesar de desconhecer o futuro sentia-se seguro com eles. Gabriel foi até ele e o abraçou.
- cara isso é ótimo!. falou animado.
Ezequiel sorriu mas não se aproximou de Alan.
Depois do abraço constrangedor de Gabriel, se vira para os anjos e fala com um tom de firmeza, mesmo com seu interior amedrontado.
- E então.... Quando começa a busca?
Daniel sorriu, levantou a mão aberta e disse.
- Agora.
Uma luz branca toma conta do lugar, sentiu novamente a sensação de estar sendo cortado mas dessa vez sabia que onde iria, os três anjos iriam junto.

G.C.Pezzatto - 15/04/11

abril 14, 2011

Anjos Perdidos (O Começo)

Parte 5

O céu era um azul celeste mas não tinha sol e nem nuvens. O mar era bem claro e na beira da água, tantas conchas que não dava para chegar no mar,o barulho das ondas e a brisa que vinha, tranquilizava tanto Alan que por um minuto desejou ficar ali para sempre.
Ezequiel estava parado como uma estátua do seu lado, de repente se mexeu um pouco para a frente e olhou para seu lado esquerdo. Alan acompanhou o olhar atento do anjo.
No céu surgia uma luz branca que foi aumentado gradativamente chegando a quase cegá-los e por fim apagou-se. Ezequiel continuava como uma estátua olhado o lado esquerdo. Alan levantou-se e ficou do lado do anjo, olhando a mesma direção e viu que mais para a frente surgia Gabriel, do mesmo jeito daquela noite com um leve sorriso no rosto. Conforme se aproximava, Alan sentia um leve desespero por saber o que aconteceu. Gabriel se aproximou e o abraçou.
 - Que bom que Ezequiel chegou a tempo para te pegar.
- É...Ainda bem.

G.C.Pezzatto – 05/04/11

Parte 6

Gabriel olhou sério para Ezequiel e disse.
- Conseguimos pegá-los mas Ledge não. Ele armou para os demônios, sabia que iriamos atrás deles e na última hora os largou lá.
- O que fizeram com eles?
- Tentamos interrogá-lo mas você sabe como são. Não falam coisa com coisa de tanto medo, então os mandamos embora. Perdemos tempo.
Ezequiel e Gabriel trocaram olhares apreensivos, ficaram em silêncio por minutos.
- Alguém vai me contar tudo que esta acontecendo, porque não dá mais para ir na conversa de vocês!
Seu sangue fervia de raiva, não sabia se acreditava que estava realmente ali ou o que passava.
Os anjos o olharam e Gabriel disse.
- Já falei a você apenas Daniel pode lhe dizer, a permissão de falar foi dada a ele.
- E cadê esse cara? Acho que já esta na hora de me contar, afinal, demônios pelo que vocês me disseram foram na minha casa atrás de mim tentando me matar!
-Eles não querem te matar.
Disse Ezequiel ainda sério.
-Então o que eles querem?
Ezequiel levantou a mão aberta e uma luz tomou conta do lugar. Alan estava novamente na sala de sua casa, foi na cozinha tomou um copo de água tentando se acalmar.
Isso tudo é demais para ele, achava que estava ficando louco, que nada disso é verdade.
Foi para seu quarto e se jogou na cama, era 3h00, dormiu até as 10h00 da manhã estava cansado demais como se tivesse lutado a noite inteira.

G.C.Pezzatto - 14/04/11

abril 06, 2011

Poema dos olhos azuis

Acho que sempre será assim,
Os olhos azuis a me hipnotizar.
Não queria isso para mim,
Me amedrontar.

O problema é que não consigo tê-los,
Fico só a desejar.
Não sei se continuo a querê-los,
Se devo acreditar.

Que um dia um par vou ter,
A querer me olhar.
E a idéia de ilusão não vou mais temer,
Porque terei os olhos azuis para amar.

G.C.Pezzatto - 05/04/11

abril 05, 2011

Simplesmente não entendo

Não entendo,
Como isso se revela uma proposta.
Não quero esse jogo,
Não quero essa aposta.

Não caio na armadilha,
Da vingança mal planejada.
De crianças mimadas.
Não obrigada, não vou ser manipulada.

Olhei ao meu redor,
E dei risada.
Vi que admirava a pessoa errada.

Agora eu vejo,
Você pra lá e pra cá.
Sempre a rondar,
E ela a te manipular.

Vão crianças!
E finjam ser felizes.
mas não empinem tanto,
Os seus narizes.

G.C.Pezzatto - 11/01/11

abril 01, 2011

Anjos perdidos (O Começo Parte – 4)

Uma semana depois...
As folhas caiam da arvore dançando com o vento. Ele observava sentado em um banco no clube junto com alguns colegas da faculdade, estes conversavam animadamente sobre o fim do ano quando finalmente se formavam. Ele não conseguia imaginar-se vivo até lá, consequentemente não estava animado com tal assunto.
Começaram a formar um time para jogar futebol. Ele entrou no jogo para tentar se divertir. A bola rolava, seu time estava ganhando mas não por sua causa, na verdade era o único ruim do time. Mas não ligava, estava se sentindo bem.
Quando o jogo acabou, foram para a piscina, ficaram dentro da água debruçados na beirada olhando as garotas tomarem sol.
- Nossa a Bruna tá te secando! Vai lá falar com ela, quem sabe...
Alan riu, estava gostando da admiração não secreta da garota, fazia-o se sentir o tal. Talvez fosse falar com ela mais tarde.
Não precisou muito, veio até ele.
- Oi tudo bem?
- Tudo ótimo, querida e com você?
Ela sentou na beirada do lado dele.
- Bem melhor agora.
Conversaram com algumas indiretas e muitas segundas intenções. Deixaram bem claro que algo aconteceria mais tarde.
Saíram da piscina e foram para o churrasco, lá ficaram juntos o tempo todo. Ele não estava interessado de verdade nela, só queria curtir e não se importava com o que ela sentia.
A festa acabou as 22h35min, mas foi por causa do local se não teria continuado.
Foram para a casa dela. Seus pais não estavam em casa.
(Ele não liga muito para relacionamentos prefere ficar sozinho e ter alguns casos, para ele é melhor todas do que uma só. Enfim, você sabe o que aconteceu).
Ela ainda estava dormindo quando ele saiu, tinha que ir embora antes que acordasse. Chegou em casa de madrugada. Abriu a porta da sala, um homem um pouco mais alto que ele (1,80cm) estava em pé no centro do cômodo usava um terno preto, era careca com cara de poucos amigos. Olhava-o frio e rigoroso.
Ele já se acostumou. Olhou para o homem rapidamente e fechou a porta as suas costas.
- Então...
- Ezequiel. (O anjo disse) Precisamos ir.
- Para onde?
Ezequiel foi até ele em passos firmes e simplesmente esticou a mão aberta, uma luz branca tomou conta do lugar.
Alan sentiu algo o cortando de dentro para fora. De olhos fechados caiu em um chão macio, ouvia barulhos de ondas, sentia areia em suas mãos. Abriu os olhos e se viu na praia com grandes rochas e na beira da água milhares de conchas, iguais aquela. Levantou-se olhou desesperado para o anjo querendo saber o porque que ele foi parar ali.
- É o único lugar seguro para você.
- Que maldito lugar é esse?
Ezequiel furiosamente foi até ele, apontou seu dedo bem perto do rosto de Alan.
- Olhe o palavreado, você esta perto do céu!
Alan se assustou, obviamente ele era diferente de Gabriel, e preferia que esse tivesse vindo.
- Desculpe.
O anjo se afastou dele. Olhou para o mar, sentia a brisa em seu rosto sério, respirou fundo.
- Ledge foi atrás de você hoje.
Seu estomago embrulhou.
- Vocês o pararam?
- Não. Ele consegue se mover rapidamente quando tem outros demônios junto.
Uma imagem terrível passou pela sua cabeça. Uma legião dentro de sua casa procurando por ele e sua mãe lá dentro, sem nada saber.
- E minha mãe?
Dizia entre goles de folego e um grande desespero.
- Ela esta bem.
- Vocês ajudaram-na?
- Não. Eles não podem mexer com ela.
- Por quê?
- Ela não tem nada a ver com isso.
Alan respirou fundo, colocou as mãos na cabeça. Sentia-se mais aliviado.
- Que bom.
- Que lugar é esse, não é o céu?
- Não. Aqui é onde alguns anjos ficam. Você não pode entrar no céu.
- Porque eu não morri certo?
- Não, é porque você não é digno do reino dos céus.
- O que? Eu vou para o inferno?
- Estamos fazendo de tudo para que isso não aconteça.
- Quanto tempo eu vou ficar aqui?
- Até Gabriel dar um sinal dizendo que você já pode voltar para casa.
Alan sentou na areia e ficou olhando o mar azul sem saber no que pensar. As coisas começaram a ficar sérias, não podia ficar na sua própria casa. Estava cansado de tudo, ainda mais do dia e da noite que teve.
Ezequiel ficou ao seu lado de pé olhando o mar também.
Esperaram por um bom tempo o sinal de Gabriel.

G.C.Pezzatto - 01/04/11








  foi para o quarto, ficou deitado na cama olhando para o teto, pensando em tudo, no pesadelo, como foi parar no ch

Anjos Perdidos (O Começo - Parte 3)


O velho deu alguns passos curtos e parou.
(Não me lembro de exatamente quando tudo começou acho que foi lá para o mês de dezembro do ano passado. Ele se lembra, por que detesta tudo isso as coisas que passaram acontecer para ele à mudança drástica de vida que teve).
Olhou bem para o garoto no chão, seus olhos penetrantes tornaram-se meio avermelhados e depois sumiu, como se nunca tivesse aparecido.
A sensação de paralisia passou, levantou do chão e olhou ao seu redor para ter certeza que o velho tinha ido embora. Correu pela casa verificando cada cômodo.
Tinha uma ideia do que era só não queria aceita-la. Era ruim demais acreditar em algo assim. Sabia que não conseguiria enfrentar sozinho o que estava acontecendo. Deveria ir na igreja?
Ajoelhou do lado da cama e começou a rezar com todas as forças que ainda lhe restavam, algumas lágrimas de desespero escorriam salgando o seu rosto. Por fim sentia sonolência deitou e continuou rezando até adormecer.
Na manhã seguinte foi até a igreja mais próxima de casa, ficou sentado em um dos bancos do fundo, via pessoas indo e vindo, padres, freiras e fiéis. Não sabia com quem falar ou o que falar. Ficou mais um tempo sentado lá olhando os vidrais de santos e anjos.
A coragem de pedir ajuda passou voltou para casa ainda sem saber o que fazer. Estava tão desesperado e cego de medo que resolveu procurar na internet alguma coisa. Por fim, o que já era previsto não achou nada convincente que realmente pudesse ajuda-lo.
Tentou esquecer o assunto por um tempo, foi tentar estudar porque daqui a uma semana começava a época de provas, nunca estudava adiantado, sempre um dia antes, mas queria tirar aquilo da cabeça de qualquer jeito, e tudo valia.
Foi para a faculdade, porém não conseguiu prestar atenção nas aulas. Seus amigos até perceberam que estava diferente, só não quiseram tocar no assunto.
Voltou para casa sua mãe já estava dormindo, foi para seu quarto, colocou a mochila na cadeira virou para a sua cama e viu um homem sentado nela, era bem alto e um pouco gordo, tinha entradas no cabelo, como se estivesse começando a ficar careca, uma barba mal feita, usava calça jeans, sapatos marrons e uma camiseta meio apertada branca.
Deu um sorriso para ele, acenou com a mão.
Alan achou que era outro igual ao velho, se afastou não sabia o que fazer.
- Cara! Vai com calma, não se preocupe não sou do outro lado.
E deu uma risada bem simpática.
- O que?
  Disse encostando-se à cadeira, seu coração acelerou mais uma vez.
- Eu sei que o Ledge esta te atormentando, ele quer você.
Disse seriamente levantando-se e indo em sua direção, parou.
- Mas não se preocupe seu anjo da guarda tá aqui. (abrindo as mãos mostrando a si). Vou te proteger.
Alan congelou, não sabia o que pensar. Se deveria se sentir aliviado ou mais preocupado.
(Eu sei, é muita informação mas ele levou tudo do seu modo).
- O que anjo da guarda assim?
Olhou dos pés a cabeça, não tinha nada de celestial.
O anjo olhou seriamente.
- Olha você não merece ver a minha verdadeira forma. São poucos dignos que podem ver você não é um deles, esta longe de ser.
Olharam-se, o anjo sentou-se na cama novamente.
Seu coração continuava acelerado, tantas perguntas, não sabia por onde começar.
- Enfim, Ledge quer você, eu e outros dois anjos estamos de olho.
- Outros dois?
- É sabe, a gente revessa, um aqui e os outros dois no Ledge, não se preocupe, você ainda irá conhecer Ezequiel e o Daniel.
Alan deu uma risada levemente sarcástica.
- Ezequiel e Daniel? Você é quem, Rafael? Miguel? Qual “el”?
O anjo o olhou friamente.
- Eu sou Gabriel.
Ficou encarando-o por minutos. Alan percebeu o pequeno erro que cometeu, ficou muito constrangido.
- Bom..Porque ele me quer? Eu não fiz nada, quem é esse Ledge?
- Você é especial, não posso lhe dizer mais do que isso no momento. (olhou para os lados, para cima e baixo temendo alguém ouvir). Daniel lhe explicará. Ledge é só o braço esquerdo é tão perigoso quanto o próprio.
Alan sentiu o estômago embrulhar, aquele pesadelo pode se tornar real. Lembrava as cenas torturantes.
- E como vou saber se vocês estão mesmo me protegendo?
- Você rezou não? Então... Oração funciona.
O anjo sumiu em um piscar de olhos.
Alan se jogou na cama, respirou fundo, não queria que nada daquilo estivesse acontecendo. Só queria a sua vidinha de volta.

G.C.Pezzatto - 31/03/11