março 14, 2013

Dia Nacional da Poesia




Hoje é considerado o dia Nacional da Poesia, nesta data nasceu o poeta brasileiro Castro Alves. Poeta romântico, considerado poeta dos escravos,  faleceu de tuberculose na capital baiana Salvador em 6 de julho de 1871, com 24 anos de idade. Escreveu obras como “Navio Negreiro” e “Espumas Flutuantes”.

Existem três tipos de poesias: as existenciais, que retratam as experiências de vida, a morte, as angústias, a velhice e a solidão; as líricas, que trazem as emoções do autor; e a social, trazendo como temática principal as questões sociais e políticas.

Atualmente, há um Projeto de Lei do Senado (Nº 501 de 2009), que tenta mudar a data para o aniversário de Carlos Drummond de Andrade (31 de outubro).
O dia Mundial da poesia é em 21 de março. Criado pela UNESCO, em 1999, com o objetivo de estimular a produção e celebrar a poesia como forma de arte em todo o mundo. 

Extra-oficialmente, temos outro “Dia Nacional da Poesia” em 20 de outubro,  pela fundação do 
Movimento Poético Nacional.
Além disso, há diversas celebrações estaduais:

Dia Estadual da Poesia (20 de abril, no Acre, conforme Lei Nº 2.130 de 9 de julho de 2009);

Dia da Poesia (25 de junho, no Pará, conforme Lei Nº 6.195 de 7 de abril de 1999);

Dia Estadual da Poesia (8 de agosto, no Amapá, conforme Lei Nº 580 de 21 de junho de 2000);

Dia Estadual da Poesia (20 de agosto, em Goiás, conforme Lei Nº 14.866 de 22 de julho de 2004, homenageando o aniversário de Cora Coralina);

Dia Estadual da Poesia (31 de outubro, em Minas Gerais, homenageando o aniversário de Drummond);

Dia Estadual da Poesia (19 de dezembro, no Mato Grosso,  conforme Lei Nº 7.776 de 26 de novembro de 2002, homenageando o aniversário de Manoel de Barros).

Celebre a poesia da vida!

março 09, 2013

Almas gêmeas



Sobre almas gêmeas...
Não acredito que existam, Deus não faz duas almas iguais.
Cada um está aqui com a sua e passa pelo que precisa passar. Aprender o que tiver para aprender e aceitar o que vier. 
Somos essência.
Às vezes esquecemos que amar é amar a todos, “o próximo”.
É uma tarefa longa e difícil, porém os otimistas sempre olham o mundo melhor do que ele é sendo assim não é impossível.
“Amai bastante, a fim de serdes amados. Essas sábias palavras são revolucionárias e seguem um caminho fixo, invariável”.

Almas criam vínculos e afinidades, sincronizam com outra e se enlaçam durante a vida, se enlaçam durante a passagem da morte para a vida eterna. E quem passar primeiro, irá esperar pelo outro do outro lado da porta com as mãos estendidas esperando o abraço que ficou na lembrança, e dirá com todo o amor guardado:
"Estava com saudades de você, meu amor!"

Almas sincronizadas com amor eterno, porque amor de verdade é essência.

Em uma simples analogia de que o verdadeiro amor, o sentimento, é como uma bela borboleta, linda voando batendo suas delicadas asas, e mudando de cor conforme o abrir e fechar. Você a admirar, deseja que pouse em seu dedo, que ande em suas mãos, e mesmo desejando você sabe que é muito mais bela voando livremente, dançando com o vento e curtindo o seu pequeno tempo.

Deixe livre a quem ama, sem querer que volte, sem querer que lhe ame de volta. Esse é o sentimento, o verdadeiro amor.
Todo o tipo de amor sempre retorna para nós.


G. C. Pezzatto

março 08, 2013

Não me procure mais




Moço estava te procurando,
Agora que o encontrei,
Você olha para o outro lado.
Não tente ir para a minha casa,
Continue andando.
Pensei que você fosse o único,
Mas não.
É um em milhares.
E todos sabem que você é assim,
Todas conseguem entrar em sua mente,
Você é fácil de entender.

Moço,
Prefiro alguém que realmente me queira,
E você não é assim,
É fácil de entender.

Pensei que você fosse o único,
Mas não.
E todos sabem como você é,
Todas entram em sua cabeça,
Você é fácil de entender.

Moço,
Continue andando,
Não me procure mais.

                       G. C. Pezzatto             2007



março 05, 2013

Tempo paralelo




Tempo ecoa na rua,
Ressonando na avenida.
Som que se expande na janela nua,
Onde a vida é diminuída.

Tempo que leva a dor,
Assim o vento para o beco estreito.
Leva o nosso calor,
Quebrando-se o perfeito.

Tempo que acelera,
Como um gatilho puxado.
Em uma história paralela,
O tempo está parado.

G. C. Pezzatto 15/01/13

março 04, 2013

Retalhos




Amor,
Com tantas palavras para rimar.
Rima com o meu cobertor,
Retalhado a me esquentar.

As vezes esqueço,
O que é ter esse sentimento.
Então no cobertor de retalhos me aqueço,
Assim me contento.

Preciso apaixonar-me,
Imprevisivelmente.
O vazio esta a petrificar-me,
O cobertor pede urgentemente.

G. C. Pezzatto

março 03, 2013

Seus olhos, meu céu



Os seus olhos brilham quando olha para ele. Hormônios liberados causando reações em seu corpo que também passam pela retina deixando seus olhos com outro brilho. Isso é apenas fisiologia, e não me interesso pelo que acontece no corpo, só quero saber de seus olhos que brilham admirando outro ser, olhando não com olhos encharcados de hormônios, observa com a alma o ímpeto desejo que carrega no peito. Que seja se forem hormônios que fazem o brilho, para mim serão quinhentas estrelas observando o que gostariam que fosse seu céu.

G. C. Pezzatto

Sorvete

Todo mundo inventa história de amor não correspondido. Vou fazer uma analogia sobre esse sentimento tão... Tão...Tãããoooo...Deixa para lá...



"O amor é igual aquele pote de sorvete no freezer. 
Você sossegado, curtindo a vida na boa se depara pensando no sorvete, cria um desejo sobre esse sorvete, você sonha com o sorvete e com esperança vai até o freezer para ver se está lá o que tanto deseja.
Obviamente em quesito de geladeira no geral, todos sofremos de Alzheimer nunca lembramos o que está lá dentro ou quantas vezes já abrimos para olhar por dia (só para dar um ar pouco mais dramático, quando se trata de amor parece que também sofremos de Alzheimer...).
Enfim lá está o pote e você fica feliz! Começa a imaginar o sorvete na tigela e talvez com um pouco de cobertura que aumenta ainda mais o seu desejo por ele. Quando você finalmente abre o pote... A sua alma dói (sente só o drama...), a decepção atinge o seu estômago. O que você tanto queria foi desejado por outra pessoa que foi mais rápida do que você. Ela comeu todo o sorvete e com muita, mas muita camaradagem o deixa de novo no freezer, só que dessa vez com feijão! (Nesse caso o feijão é uma analogia a um sentimento por outra pessoa)

...E você mais uma vez fica apenas com vontade, só imaginado você+sorvete.

E esse era tão diferente, era um tipo de edição limitada, sabe né.

Aí, aí sorvete..."


G. C. Pezzatto

Jabuticaba



Sempre olhando para o céu, gosto do tom de azul, da imensidão em que vejo meus pensamentos voarem como pássaros.
Enquanto andava admirando o azul do céu, olhei de relance para o chão, que surpresa!
Ri mentalmente do achado que deixei passar por entre minhas pernas, uma jabuticaba, uma grande jabuticaba, já meio seca, meio murcha.
Continuei o meu caminho...
Pensando na jabuticaba, e dela pensei na
janela que quando abria me deparava com o pé de jabuticaba, lembrei da fruta; do cheiro; do gosto; do “ploc” que fazia quando estralava no céu da boca.
Céu da boca... Céu... Jabuticaba do chão.
E aí, lembrei dos seus olhos, que são tão escuros quanto uma jabuticaba, lembrei dos seus sonhos que são tão doces quanto o sabor da fruta.


G. C. Pezzatto

Um dia qualquer



E lá estávamos dentro do carro, todos cantando aquela velha música que todo jovem já deve ter cantando uma vez na vida, ela tocava no rádio. E o pôr do sol brincando de cegar nossas retinas. Eu apenas olhava sua nuca me esquecendo de todo o resto.
Sentada apenas olhando, me segurando para não alisar seus cabelos passá-los entre meus dedos trêmulos. Eu o olhava de longe e só queria estar perto. 
tempo passava contra nós o suficiente para transmitir um alerta de uma imensa saudade que se faria presente em poucos minutos. E o pouco tempo em que olhei diretamente para seus olhos foram suficientes para sentir o mundo sumindo vagarosamente. Como nunca havia sentido antes.
Sendo que depois de tudo a única coisa que ficou foi o cheiro do seu cigarro na minha roupa, fiquei com o gosto do seu beijo na minha boca, fiquei com as suas palavras lembradas no sorriso que carregava, e ficaram com você apenas os meus pensamentos, “Se ficaram”.
E a conclusão de todos os ensejos que se passaram, tenho a dizer que foi fácil me apaixonar pela sua nuca.


G. C. Pezzatto

LIBERDADE




Em meses que não me sinto assim,
Feliz, livre...

Liberdade!
Não sei até onde vai,
Mas a minha...
Não vejo limite.

As tristezas e fins,
Não me fazem chorar.
Agora eu sorrio,
Por que aprendi,
O que é me amar.

Não é um poema de si próprio,
Valorização, auto-estima.

Mas sim de liberdade,
Para sentir o que quiser,
Sobre o que quiser.

Levei muito tempo,
Para descobrir.
Mas levou um segundo,
Para voltar a sorrir.


                        G. C. Pezzatto         20/02/11

DESPERTAR



Manifesto no papel,
A sensação de pensar em ti.
De vento e popa, ao léu,
A alegria que senti.

Em pensar nos beijos teus,
A vontade de contigo estar.
Espero que pense nos beijos meus,
Meu Deus! Dos sonhos tenho que acordar.



G. C. Pezzatto 10/08/11

ESPELHO RACHADO




Olhando no espelho rachado
Tentando ver seu rosto
Entre os pedaços manchados
Limpando o que foi posto.

A verdade falada
Machuca o seu coração
Sendo tocada
Na sua mais profunda escuridão.

A raiva que sentiu
Mostrou-lhe um imenso desgosto
Tudo que havia feito
Escorria-lhe pelo rosto.

O sangue escorrendo pela mão
O punho fechado
As gotas caiam ao chão
Sujando o azulejado.

Nunca teve um coração partido
Desses por traição
Se arrependia de tudo que havia sentido
De toda aquela afeição.

Decidiu não mais chorar
Mas já era tarde para ela
A perfeição queria chegar
Jogou o espelho pela janela.



                          G. C. Pezzatto          12/04/11