fevereiro 07, 2012

Na beira do rio


"As vezes é no silêncio que encontramos o alívio e o consolo de verdade"


Sentei na beira daquele rio e chorei, chorei todas as minhas dores, todas as dores do mundo, as minhas insensibilidades escorriam com vergonha para a terra ironicamente seca. Meus olhos embaçados doíam por não querer enxergar o que estava em minha volta, e o reflexo do sol na água cristalina e gelada era como se fosse um toque que me aquecia suavemente, era Deus me consolando.
E todos os meus pensamentos dissipavam-se no ar, saiam por aí se encostando aos ombros dos próprios causadores enquanto tentava não criar novos sonhos, desejos ou o que quer que fosse.  E chorei tanto achando que nunca mais conseguiria parar.
No meio daquela natureza o silêncio só não permaneceu por conta de meus soluços, porém mesmo assim me tranqüilizou como um colo de mãe, um abraço de pai. Aos poucos toda angustia foi morrendo, toda tristeza fugia cansada de ser sentida. Dando espaço aos sons recém chegados dos pássaros e a harmonia que o vento me trazia, acalmando minha mente e meu coração.
E por fim...Consegui parar de chorar.

 G. C. Pezzatto
06/02/12

Nenhum comentário:

Postar um comentário