"As vezes é no silêncio que encontramos o alívio e o consolo de verdade"
Sentei na
beira daquele rio e chorei, chorei todas as minhas dores, todas as dores do
mundo, as minhas insensibilidades escorriam com vergonha para a terra
ironicamente seca. Meus olhos embaçados doíam por não querer enxergar o que
estava em minha volta, e o reflexo do sol na água cristalina e gelada era como
se fosse um toque que me aquecia suavemente, era Deus me consolando.
E todos os
meus pensamentos dissipavam-se no ar, saiam por aí se encostando aos ombros dos
próprios causadores enquanto tentava não criar novos sonhos, desejos ou o que
quer que fosse. E chorei tanto achando
que nunca mais conseguiria parar.
No meio
daquela natureza o silêncio só não permaneceu por conta de meus soluços, porém
mesmo assim me tranqüilizou como um colo de mãe, um abraço de pai. Aos poucos
toda angustia foi morrendo, toda tristeza fugia cansada de ser sentida. Dando
espaço aos sons recém chegados dos pássaros e a harmonia que o vento me trazia,
acalmando minha mente e meu coração.
E por
fim...Consegui parar de chorar.
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