outubro 30, 2011

Doces diferenças




Às vezes é difícil aceitar a vida como ela é. Mais difícil ainda aceitar as situações que chegam para você ou as que você cria com passos não bem planejados, passos apressados, apertados, desequilibrados.
Mas o que importa é quando você aprende que vai ter uma solução, uma razão inigualável, e você irá aceitá-la porque já esta maduro o suficiente para lidar com a vida na sua mais bruta realidade.
E às vezes uma vontade de gritar pedindo que tudo pare que você possa controlar a situação. Que você possa mandar e desmandar. Mas não irá acontecer, porque é nesses momentos que testamos as nossas fraquezas e as vezes vemos que delas é que nascem as nossas grandes e impressionantes forças.
Tratando de amor parece que nada disso é válido, mesmo falando no amor em sua menor forma. Parece que é um sentimento que consegue nos construir e destruir ao mesmo tempo parece que quando se trata de um coração partido tudo fica mais frágil, os dias, as horas, as pessoas, os momentos. Parece que nada mais é forte e que será assim sempre. Tudo muito fraco.
Porque nada dura para sempre.
Talvez você pense que não é nada disso e discorde de mim, aí sim estamos falando de amor. Ele é tão contraditório. Que as vezes sua forma menos pura parece assim nas diferenças, tanto faz se forem fortes ou fracas.
E quer saber de mais uma coisa?
Eu sofro e todo mundo sofre calado ou não. E sim, é raro ser reciproco e talvez nunca mais seja... Mas e daí? Não é o amor dos outros que irá fazer com que eu me fortaleça com que aprenda a lidar com tudo, tem apenas uma pequena parcela nisso tudo. É o fato de aprendermos a nos amar e nunca querer ser igual aos outros porque ninguém é igual a ninguém, é aprendemos a cuidar melhor de nós e só fazer para os outros o que queremos que façam para nós. É saber conviver apesar das doces diferenças.


G.C.Pezzatto 

outubro 14, 2011

Má conduta



Não sou malvada,
Só não estou bem.
Minha má conduta é justificada,
Pela situação que se tem.

As más línguas não tem razão,
Assim como eu.
Se prepare para a decepção,
Porque o problema também é teu.

Se acha que é fácil não chorar,
E te ver partir.
Tudo abandonar,
Demorou para você ir.

Só não passe na minha rua,
Se achando o injustiçado.
Não caio na sua,
Seu...Enfim...Desgraçado!

G.C.Pezzatto - 05/10/11



OBS: Esse poema não é para ninguém tá, não estou revoltada nem nada. é sobre o fato de você ficar mal em relação a uma pessoa e essa começar a bancar a vítima para todo mundo. É sobre você se sentir tão mal e começar a ser um pouco casca grossa com as pessoas mas não é porque você se transformou nisso mas por ser a sua forma de expressar um pouco do mau-estar que sente.


outubro 12, 2011

A minha infância




Dia das crianças!
Nada tão doce, cheio de risos, pulos, canções e brinquedos.
Nada tão importante quanto uma infância verdadeira, sem sofrimentos, precocidade, abusos e afins. Nada mais merecido para eles que tem muito pela frente.
A minha infância foi tão doce, quanto uma maçã do amor, um algodão doce, carambola, jabuticaba, manga, pera, bala, chiclete, chocolate, confete, Coca-Cola, beijinho, brigadeiro e tantos outros doces que prefiro não lembrar! O dia já é nostálgico o suficiente.
Na minha infância, era uma garotinha minúscula, peculiar diria. Na época em que não sabia ler, já andava com livros de baixo dos braços, para cima e para baixo o tempo todo. Adorava o cheiro, ainda gosto. Livros velhos, livros novos. 
 Interessava-me mais pelas bruxas do que pelas princesas, porque as bruxas demonstravam mais conhecimento do que as outras, tudo bem que era para o mal, mas pode reparar tudo que elas vão fazer consultam livro antes, fora que eram mais interessantes as casas das bruxas do que os castelos das princesas eram cheio de livros, pergaminhos, penas e tudo mais. É claro que gostava das princesas também, porque diferente das bruxas eram bondosas.  O desenho que mais gostava era sem sombra de duvidas O Estranho Mundo de Jack, me ensinou que só  porque tem uma aparência considerada assustadora ou feia, não quer dizer que seja ruim. O Jack, por exemplo, tentou fazer o natal do único jeito que conhecia sendo mal e assustador, porque ele achava que essa era a maneira correta pelo simples fato de não conhecer o que é bom. Bem... Se não entenderam eu explico de novo...Ele tentou fazer o bem do único jeito que conhecia, sendo mal. Gostava desse desenho também porque o tema era Halloween, bruxas e tal....

A minha infância foi incrível. Foi quando descobri a minha paixão mais ardente, a literatura, o desejo de escrever. Com sete anos de idade descobri uma história de um tal bruxo que ia para uma escola extraordinária de bruxaria, me consumiu, me inseri mais ainda em um mundo onde por natureza vivia, a imaginação, e essa tal R.K. Rowling me apresentou o que mais tarde viria a ser a minha marca registrada, a escrita, a vontade de criar histórias. E hoje se me perguntarem direi com muito orgulho que foi por causa de Harry Potter que sou quem sou. 

Harry Potter me influenciou tanto na infância que escrevi uma história lá para os sete anos ou oito anos de idade, não me lembro bem. Era sobre um garoto chamado Christopher (por causa do menino do ursinho Pooh) que foi passar o verão na casa de seus avós, o menino não os conhecia muito bem, em um dia que eles saíram para fazer compra, Christopher resolveu se aventurar pela casa e foi até o porão e lá descobre um pote de jujubas azuis e. Tchan, tchan, tchan,tchaaaan!...Eram mágicas!
Sim jujubas mágicas.
Pois bem, era essa a pequena aventura que escrevi, fiz em folhas sulfites para podes ilustrar também. Fiquei tão orgulhosa do meu pequeno livro que o levava para cima e para baixo, e por causa de uma dessas, eu perdi o meu tão estimado livro. Mas ainda me lembro da história com muito carinho e tenho certeza que nunca irei esquecê-la.











Feliz dia das crianças para vocês.
Nunca deixem de cuidar da sua criança interior, por que a partir do momento em que deixa-la, aí sim você se tornará velho.  Não existe idade para se tornar velho como não existe idade para deixar de ser criança. 
Eu e meus irmãos :D

G.C.Pezzatto

outubro 04, 2011

A vida que segue



Sem saber,
O que a vida reserva.
Não dá para perceber,
O que se preserva.

O dia que se segue,
Meus pés me guiando.
O que se consegue,
Velhos passos renovando.

Aguardando respostas,
Com sorte ou azar.
Arriscando em um jogo de apostas,
Com os dedos cruzados para ganhar.

E as coisas ficam fora do seu lugar,
Algumas te abandonam.
E o que precisa para modificar,
São as que te impulsionam.

E sem querer,
Novas trilhas se constroem.
Te empurrando para percorrer,
Os velhos passos se destroem.

G.C.Pezzatto - 04/10/11