agosto 21, 2019

Mais do mesmo

"São sussurros que metem medo no escuro, 
alucinações com o terror, caos, demônios e homens.

A noite,
 Tão linda,
Tornou-se minha inimiga.

Malditos homens!
Malditos sussurros!

Maldita poesia que enxergo no escuro..."



Poema sem nome (27/08/2018)

É surreal que não sinta nada,
Nem amor, nem ódio.
Vontade de viver ou de morrer...
É surreal acreditar em sonhos,
É surreal não acreditar.

Nem azul é o céu,
Nem amarelo é o sol.
É surreal ser eu e nem ser também é.

Sonhar com cores
E ser o vermelho.
É surreal a leveza de ser matéria,
E o peso de ser alma.

É surreal a verossimilhança e o caos,
Mas não é surreal esse poema.

A poesia que é você  (27/08/2018)

Não acredito em mim,
Desconfio do ar que respiro, do piscar dos meus olhos,
E do que digo acreditar.
Acredito nos cachos do meu cabelo,
Nas olheiras do tempo e no sorriso amarelo do cotidiano.

Quero acreditar e ser aquele que se perde em você,
Me esconder embaixo de sua pele e sumir por trás de seu suspiro.
Quero ouvir sua voz gritando meu nome,
Me aceitando do jeito que sou.
Ficar na sua e você na minha alma, corpo e sexo.
Assim podemos ser sonhos e verdades,
Olhares e gostos.
Gozos, gemidos e suor,
Pele com pelo... Matéria.

Procuro você em mim,
Em consciência amor e dor.
Na vida estrada e luta,
No acreditar e na perda da fé.
No infinito do tempo, onde o que perdi,
Foi o tempo em que você nasceu.

Meia hora (27/08/2018)

Tenho meia hora ou hora inteira e que demora!
Que meia hora!
Logo agora, essa hora inteira.
Vou embora por que essa meia hora ou hora inteira,
Logo agora e que demora!
Quero ir embora!
É sempre meia hora...

O mais do mesmo (30/08/2018)

“Coisas grandiosas lhe aguardam”
- Seria tolice acreditar nisso,
É apenas uma armadilha para me terem quieta e obediente por mais tempo.
Já que essa falsa esperança de acreditar em um futuro incrível,
Eu ficaria apenas sonhando, sonhando e sonhando...
E assim sendo a marionete de sempre,
Presa no cotidiano com um falso sorriso de que vai ficar tudo bem.

Pois bem,
Cansei de esperar e acreditar em mentiras.
Não nasci para ser grandiosa.
Por mais que sonhe,
Não nasci para ter um futuro brilhante.

Só para ser quem já sou,
Reprendida, presa e confinada dentro de uma caixinha de vidro.
Quem sabe um dia,
Eu consiga quebrar a caixa de vidro...
E por mais que os cacos me cortem...
Nenhuma desconstrução é indolor...

Eu sei que o que digo não é nada pra você,
Porém em minha cabeça foi tudo por muito tempo,
Atormentado.

“Coisas grandiosas lhe aguardam”
- E eu sei que não, não não...
Abrir mão de acreditar em um futuro falso, sim, sim ,sim!

“Coisas grandiosas lhe aguardam”,
“Um futuro brilhante”,
“Garota você vai longe...”

Djo Cezare

Outra poesia nova sobre velhos sentimentos

Baudelaire tinha suas flores do mal.
Eu carrego anjos caídos.
Eu e as outras mulheres.
Sobem em nossas costas e gritam,
Horrores e terrores para nós.
Somos atormentadas,
Pelas vozes de nossas ancestrais,
Que foram sufocadas pelas asas quebradas.
Machucando suas gargantas,
Para não falarem, não se pronunciarem.
Silenciadas,
Caídas.
Quem são as flores do mal perto dos anjos caídos de ontem, hoje e sempre?


Djo Cezare - 03/08/2018

Era uma vez o Edgar e a sua poesia

O menino escrevia poesia,
Procurava levar de si o que tinha de melhor.
As suas criações maravilhosas, do seu jeito.

Porém o computador mudou tudo,
Tirou os seus dizeres e a norma culta incorporou.
"Mas não falo assim!"

E toda a sua poesia ficou apenas no papel,
Ali era perfeita.
Sem norma culta, sem estrutura...

Sendo isso que sempre foi,
Maravilhosamente poesia.

Djo Cezare -  19/04/18

Carta aos sufocados anônimos



Caro leitor,

Obrigada por gastar um pouco de seu tempo lendo essa carta que talvez não te acrescente nada ou talvez lhe ajude, tanto quanto espero que faça por mim. Desculpe o mau português, as virgulas fora do lugar e tantos outros erros que posso cometer conforme escrevo. Os sentimentos estão a flor da pele e talvez os dedos não acompanhem os pensamentos e o que venho tentar contar a você. Talvez por não me conhecer ou por não saber quem você é, seja mais fácil confessar esses pensamentos que me atormentam durante a maior parte de minha vida, medo de coisas que não são reais e que só agora me dei conta de tudo que deixei passar, por causa de projeções. Quem sabe não se sinta assim também, ou já se sentiu, afinal vivemos sobre a condição humana de nos machucarmos e machucamos os outros, e isso é a coisa mais fácil que o ser humano sabe fazer, além de nos iludirmos.

Precisamos falar de projeções.

Dos pais nos filhos, do passado e futuro, de dinheiro e amor. As projeções que nos levam a grandes desilusões e a terrível e temível palavra FRACASSO. Pois fracassar é feio, é errado e lhe faz ser uma pessoa inútil, sem objetivos e até considerada burra. As projeções vem de forma natural como sonhos, ideias e planos. As vezes criamos por conta própria outra nos são impostas, ou aconselhadas. E é aí que quero chegar...
Será que todos os seus sonhos são seu? Será que você realmente os criou, ou lhe lançaram uma ideia e você abraçou? Será que você consegue se ver feliz de verdade realizando esse sonho? Será que essa projeção é realmente boa para você? Quem pode saber se é bom ou não?
Acho que a forma mais fácil de descrever o que vem me atormentando é colocar do seguinte modo: pais projetam a vida do filho, pais aconselham o filho a pensar no futuro, pais projetam o futuro, pais projetam no filho aquele futuro, pais projetam no futuro aquele filho, pais projetam o que acham e como acham que o filho será feliz. Eles esquecem de perguntar ao filho se ele é feliz.
Não condeno os pais por serem assim, querem ver o melhor para o filho, como disse vivemos sobre a condição humana de sermos simplesmente humanos. O problema é quando os pais não perguntam ao filho se ele já é feliz, o que o faz feliz de verdade, esquecem de que viver com as pequenas coisas do momento é melhor do que levantar tanto o nariz para olhar por cima do horizonte distante.  Pois o que está embaixo do nariz, talvez possa ser bom ou fatal.

Imagine crescer pensando nas projeções do futuro bem distante, imagine ser uma garotinha tímida do interior, com pouquíssimos amigos, que passa a maior parte de seu tempo sozinha, por que gosta de estar sozinha. Imagine adultos projetando o modo que você deve agir, pensar, estudar e ser. Imagine projetarem a sua personalidade.
É difícil mas acredito que seja algo comum pois sei que não fui a única criança criada assim. 
As vezes queremos tanto o bem de quem amamos que acabamos sufocando a pessoa sem ela mesma perceber que está ficando sem ar. Peço mais uma vez desculpa a você leitor, e sei que não é muito elegante se desculpar o tempo todo mas essa é uma de minhas falhas que venho tentando abraçar e compreende-la da melhor forma que posso. Tenho medo de entediá-lo, de aborrecê-lo. Medo do que talvez não seja real..Como essas projeções.
Eu penso o tempo todo naquela frase do Renato Russo “Você diz que seus pais não te entendem mas você não entende seus pais’’. Sempre pensei nessa frase e nunca a compreendi de verdade, até o dia de hoje. Na adolescência cantava essa música e me sentia revoltada nessa parte, pois eu não acreditava que fosse verdade, eu só acreditava na parte que meus pais não me entendiam.
Como contei, cresci com muitas projeções do futuro e poucas de quem eu era, me senti perdida, e usava livros como companhia, por que as palavras acalmavam o vazio da minha mente de não conhecer quem sou. E isso tudo é tão normal nos adolescentes que não compreendo como descuidam tanto do que eles falam e sentem. Ignoram e veem como se fosse apenas birra. Será que é birra é mesmo? Talvez seja, talvez não, já perguntou se ele/a é feliz no dia de hoje? E o que aconteceu no seu dia? Até nas respostas supérfluas deles se encontra a verdade. Se acreditam tanto que Deus escreve certo por linhas torta, porque não acreditar em suas respostas?

Projetar é bom, mas nunca projete algo pelo outro. Nunca critique suas escolhas, você nunca vai conseguir se colocar no lugar dele, pois cada um carrega sua própria história e bagagem. Por isso ser empático é acreditar e fazer aquilo que você gostaria que fizessem a você.
E o que falar de pais, eles te amam e você os ama. E talvez seja bom pensar só assim, simples humanos se amando. Como Peninha cantou “Mas não tem revolta não, só quero que você se encontre...” e vamos tentando viver, por que viver é foda demais pra todo mundo.

Portanto leitor, já me sinto grata por você chegar até aqui e continuar lendo esse desabafo atropelado que faço. Obrigada pela paciência.

Agora lhe pergunto: Quem nunca fracassou? Quem nunca se iludiu com suas próprias escolhas? Quem não tem vergonha de seus erros?
Talvez você não tenha vergonha agora mas um dia com certeza já teve, e sabe como é sentir vergonha de errar, mas será que errar é tão ruim a ponto de termos vergonha disso? Erramos muito e vamos passar nossas vidas errando, e isso nos deixa tão humanizados que estranho pensar o quanto achamos ruim.
Criticar o erro alheio sem pensar em como aquela pessoa está se sentindo por ter errado, quem nunca o fez não é? Mas quando somos nós, queremos que os outros sejam compreensivos, acontece que venho refletindo sobre esse lado nosso de não aceitarmos falhar ou que o outro falha. Penso que comigo seja por conta desses medos não reais de projeções futuras não acontecerem ou de não ser merecedora delas. Quem sabe não é o que todos sentem, não?

Caro leitor, eu errei a minha vida inteira e só me perdoei por esses erros hoje, 19 de janeiro de 2018, aos 27 anos de idade, sem carreira, sem perspectiva de futuro ou vida e infeliz, porém com uma grande paz de espirito agora. E sinceramente não troco essa paz por nada. Por que me aceitei sendo finalmente como sou, humana.
Sempre me envergonhei dos erros que cometi do que fiz e do que não fiz, sempre me envergonhei de mim mesma. Já se sentiu assim? É tão comum, e tão besta. Sentir vergonha de si mesmo, ninguém pode se importar tanto com você como você mesmo, e porque então essa vergonha de sermos humanos, como os outros?
Fiz tantas projeções, e nenhuma deu certo. Fiz enfermagem, me formei e nunca trabalhei na área. Lancei um livro mas nunca me tornei escritora de verdade, tente o curso de letras mas fiquei bem longe de me formar. Basicamente nunca conquistei nada, apenas ‘’quase’’, tanto que fui me enfiando em uma concha cada vez mais  a ponto de me sentir a coisa mais inútil da face da Terra. Será mesmo que sou? E quem é que pode responder se sim ou não?

Espero que você esteja compreendendo o que quero dizer, e que faça algum sentindo refletir sobre as nossas vidas. Espero que você lendo sobre o meu fracasso veja que o fracasso é só uma palavra mal colocada. Não é fracasso se estamos construindo a nossa história, não é erro. É VIDA!
Obrigada por me acompanhar nesse emaranhado de sensações, sentimentos e reflexões. Espero que você se sinta melhor de alguma forma depois de ler, pois tenha certeza que o fato de você ler já me ajudou e muito. E escrever essa carta mal traçada é o ponto final de uma tristeza tão equivocada na minha vida.

Abraços.


19 de Janeiro de 2018.

O espaço da liberdade entre os trilhos e o trem


Vejo-me mais uma vez parada na frente desse trem, onde vejo pessoas desembarcarem e embarcarem. Eu fico congelada apenas olhando e nessa brincadeira de querer saber sobre o existencialismo o tempo desacelera tudo passa lento e embaçado em volta de mim, parece até que fica difícil respirar meu peito dói e às vezes acho que nem é pela falta de ar. Talvez seja para suavizar ou para compreender melhor esse pensamento complexo de existencialismo que penso na rotina. Ela é a pior coisa que existe, porém não nego que não saberia viver sem segui-la. De tempos em tempos quando a rotina pesa eu sinto que é uma prisão de liberdade e não penso que seja uma ironia. Alguns dizem que ela é boa, as pessoas criam modos, responsabilidades e até respeito, honestamente eu discordo disso e sinto uma grande agonia ao pensar nela e o pior é que não sei se isso é ruim ou bom.
Estou sentada olhando um caderno cheio de orelhas com várias páginas arrancadas e folhas coloridas perdidas no meio no qual nem imagino o motivo de ter colocado ali. Falo de trem metafórico e nem sei se alguém irá entender o que escrevo. No fim das contas tudo volta para o ponto zero, inicio da partida, tanto faz é tudo sobre o que penso entender de existencialismo. Não é uma dessas crises “Por que existo?”, “Por que as coisas são assim?” essas perguntas que todo mundo já sabe as respostas: Não existe uma única resposta. É uma revolta contra o tempo, ele acelera demais para as pessoas e quando se pisca a maior parte da vida já se foi, pessoas que já se foram. Crise de que a gente existe, porém não o suficiente para viver o momento e quando vivemos o tempo voa para bem longe cruzando a linha do horizonte. Vai ver a existência fez um pacto com o tempo e os dois não podem ser completos no mesmo momento.
Como todas as vezes que penso em rotina, penso nos pés, só que não de qualquer um, penso nos pés do Diego. Descalços, com meia, chinelos e tênis. Andando pela rua, com pressa, pulando buraco, subindo escada descendo a ladeira. Subindo no degrau do ônibus e descendo. Passando apressado pela multidão de gente, como ele detesta isso!
          Atravessa a rua, e chega aos paralelepípedos finalmente, entra no prédio, me vê esperando por ele e então seus pés dão Oi para os meus. Logo em seguida ele entra no vestiário e o tênis santo de todo dia é trocado pelo sapato apertado da rotina. E com ele fica sentado na frente do computador trabalhando até a hora do almoço onde tira e deixa em um canto enquanto seus pés descansam para o alto em cima da mesa. Em um piscar de olhos, ou no caso, o momento de colocar os pés na mesa já passou, e assim o sapato incômodo é colocado de volta e tudo começa outra vez. A hora da saída, santa hora! O tênis confortável consola os pés pedindo para aguentar só mais um pouco. E o caminho percorrido na ida é feito para a volta, ladeira, ruas, ônibus, faixa de pedestre, rua, buracos, gente, quanta gente que assim como ele corre para casa, lar doce lar. Descalço, sofá, banho, cama.
Terceirizo pensamento de rotina para o Diego, o que deixa mais fácil aceitá-la, pois se a coloco no meu dia-a-dia tudo parece irreal, meio acordado e meio dormindo e mais uma vez tento escapar escolhendo em qual mundo quero estar, na imaginação ou na realidade. Olhos fixos na tela de um computador esperando que o sistema passe, apenas fixos porque na verdade estão voltados para dentro onde ninguém pode entrar e penso em todas as situações que aconteceram e monto uma realidade paralela  onde deveria falar aquilo ou agir de tal maneira. E de repente meus olhos caem para as minhas mãos e reparo quão estranhas são e como meu esmalte vermelho já está descascado sendo que passei no sábado. Vejo as pessoas ao meu redor como robôs programados para fazer aquilo todo santo dia. E estamos prestes a fazer essa rotina para o resto da vida, trabalhar onde não queremos e se queremos deixamos de gostar depois de um tempo. Muitas vezes para comprar objetos não tão uteis, só por que outro tem você quase faz questão de ter igual ou melhor do que aquele, e estou só divagando, entre quatro paredes ouvindo os mesmos sons que nem música se quer são.

Vou deixar mais uma vez, talvez por esperança, nas mãos do tempo. Quem sabe dessa vez eu não embarque no trem, mas como Sartre disse “O homem esta condenado à liberdade”.

Djo Cezare - 29/08/17

O Match Point

"Existem diversos textos de blogs sobre como é estar na fase dos vinte e tantos anos, as expectativas suas, de sua família e da sociedade. Assim como existem diversos textos sobre como deve ser, como você gostaria que fosse, etc. Esse é só mais um entre eles".



Acordei uma noite dessas com um frio na barriga e uma vontade de chorar imensa, não via razão na minha vida, não via um projeto de vida, não via nada além dos meus futuros 26 anos de vida, sem carreira, sem casa, sem carteira de motorista, sem motivo de fazer algo de bom para todos a minha volta e para a sociedade. E então eu percebi que não sou a pessoa que eu gostaria de ser, que eu sonho em ser, alguém de talento, que inspira outras pessoas a repensarem nos seus atos e refletirem sobre a vida. Não sou a mulher que sonho ser todas as noites.
No entanto no dia seguinte aquele sentimento todo ainda permaneceu em mim e se deixo minha mente divagar encontro toda essa ansiedade de futuro novamente, percebi que de certo modo a vida tão complexa em sua magnitude se torna impossível de ser controlada, de qualquer forma, aliás, de todas as formas. Lembrei de um filme do Woody Allen chamado Match Point onde o protagonista faz um monologo no início do filme:

“O homem que disse: ‘prefiro ser sortudo a ser bom’, entendeu bem a vida. As pessoas têm medo de reconhecer que grande parte da vida depende da sorte. É assustador pensar que tantas coisas estão fora do nosso controle. Há momentos em um jogo em que a bola bate na parte superior da rede e, por um milésimo de segundo, pode ir para frente ou cair para trás. Com um pouco de sorte, ela vai para frente e você ganha... ou talvez não vá e você perde”.

Nesse momento em que me encontro com uma fragilidade emocional e psicológica, esse monologo acrescenta um pouco na resposta que tento montar sobre a complexidade de viver e existir, os padrões impostos e a frágil liberdade rebelde que todo mundo tentou pelo menos uma vez para se sentir livre, ou quase isso.  Quem sabe amanhã eu mude de ideia e abandone tudo isso que penso hoje, o ponto é que mesmo sabendo que não preciso ter, ser e fazer o que a sociedade diz que devo quando estou prestes a completar 26 anos de idade, ainda me sinto na necessidade de buscar algo para acrescentar na minha trajetória e não é algo como viagem, curso ou espiritual, é alguma loucura que pode me dar um pouco de alivio nesse emaranhado de coisas que é a vida. O que é, eu não sei.
Por fim, sinto que estou em um jogo onde arrisco tudo ou nada, que não tenho mais tempo a perder porque não sei o que é a vida e não sei o que sou e não sei de que lado a bola vai cair.


Djo Cezare  - 26/08/16