janeiro 29, 2013

Uma outra fanfic


Olá meus adoráveis leitores!
Sonhadores para todas as horas!
Vou compartilhar um sonho que tive uns dias atrás e que ainda não me saiu da cachola ;) hehe o sonho se tornou mais ou menos uma fanfic dos Jogos Vorazes (que aliás não terminei de assistir e nem li o livro para minha tristeza L).Claro que mudei algumas coisas e acrescentei outras,  e que no fim não tem muito haver com o Jogos Vorazes de verdade, não sou lá boa escritora.Enfim, essa é só a primeira parte e espero que gostem!



Foi tudo rápido e assustador.
Estávamos na casa do Benjamin, sentados no chão do pequeno quintal cimentado e sem graça, com amigos as risadas nos ajudavam a esquecer todas aquelas câmeras que nos filmavam, ajudavam a esquecer que não se tinha mais uma vida controlada por nossos atos, agora vivíamos em função das elites.

Mas antes de contar à história que não é sobre mim e sim sobre Benjamin. Preciso explicar a nossa realidade.

Há muito tempo o mundo inteiro deixou de ser mundo, as pessoas deixaram de se compadecer com o próximo. A partir da extinção da América do Norte transformada em distritos, nasceram os jogos vorazes.
Não demorou muito para o mundo inteiro passar a adotar o mesmo regime, todos os países de sua maneira, uma mais primitiva do que a outra,  por todos os lados haviam jogos vorazes um atrás do outro. No Brasil foi mais extremista câmeras foram estaladas dentro das casas, não existe “pobreza” todas as casas são iguais agora, todos trabalham em função dos jogos vorazes. Não existe mais comida e sim uma ração que são dadas para as famílias. As elites, aqueles que antes de tudo mudar já eram considerados ricos e devo dizer que são poucos, mas que conseguem fazer a cabeça da população. Apesar de o Brasil ser um país grande era pouco os distritos, eram sete, não tinha faixa etária, qualquer um podia ser escolhido.
Cidades foram destruídas e cenários foram construídos e no meio da desgraça, um hotel de luxo, onde o mestre de cerimônia fica quando  faz a sua visita e o programa acontece.

Meus pais e irmãos trabalharam até não agüentar mais, e foi exatamente isso que aconteceu...
Por muito tempo fiquei sozinha com medo de me acharem e por não ter ninguém, ser escolhida. Até que Benjamin me encontrou, em uma das casas vazias do cenário.
Nesse mundo assassino ver alguém por perto te faz correr e se esconder ao invés de pedir ajuda. Com ele foi diferente, suave e lento.
Estava tão cansada, fazia dias que não comia, não tinha força para me esconder. Ele me viu em um canto da parede e foi até mim. Era um garoto simples e comum, seus cabelos negros eram curtos e bagunçados. E os olhos mais vivos que já vi, me trouxeram algo que a muito tinha esquecido, não sentia e nem me lembrava do nome mais, seus olhos azuis me trouxeram esperança. Se o mundo realmente some a nossa volta não posso garantir, mas nada desse mundo cruel existia naquele momento, nada. Estendeu a mão para mim e eu segurei.
Ele me tirou de lá e levou para sua casa, não tinha ninguém também, morava com sua avó mas ela tinha acabado de falecer, estava sozinho a alguns meses.
Acho que foi um alivio para ambos esse encontro. Refizemos as nossas vidas e cuidávamos da casa que tinha sobrado para nós. E cada vez que me assustava ou me sentia fraca com vontade de desistir quando uma nova seleção para os Jogos começava, eu me lembrava do dia em que ele me encontrou,   e de como ele me tirou de lá segurando a minha mão. E então eu seguro sua mão até hoje.

E como eu disse, foi rápido e assustador...
Benjamin tinha acabado de contar uma piada e nós riamos cheios de felicidade, eu particularmente pois na noite anterior havíamos conversado sobre nosso futuro,  foi a primeira vez que vi um futuro com alguém, a primeira vez que eu quis um futuro.
E então, um alarme estridente disparou tão alto por todas as ruas. Aquilo nunca tinha acontecido antes e de repente parou, a voz do mestre de cerimônias começou a falar com seu tom de comediante e excitação.
“Pessoas vitoriosas, sobreviventes desse tempo! Com muita honra e com orgulho anuncio, a vocês as mudanças do nosso Jogo, hoje escolheremos os nossos campeões! Cada distrito não escolherá mais! Um sorteio geral acontecerá através das nossas câmeras. E os campeões são...”
Meu estômago embrulhou nada parecia real, as vozes e sons foram se afastando,  não conseguia enxergar muito bem, tudo parecia um borrão, então olhei para o Benjamin e só nele algo parecia certo e firme.
“Benjamin  Malaresi!”
Não!
Foi à única coisa que pensei não o Benjamin, ele era a única pessoa que eu tinha.
O tempo passou lento depois daquele momento, nossos movimentos e pensamentos levaram minutos para serem concluídos.
Olhei para ele e me partiu o coração. Estava do meu lado, branco com seus olhos claros perdidos  na incompreensão do que foi anunciado, olhava fixo o chão, sua respiração ficou tão profunda que conseguia sentir o esforço que fazia, sua caixa torácica expandia lentamente.
Meu Benji. Não partiram apenas o meu coração, foram além...

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