Olá meus adoráveis leitores!
Sonhadores para todas as horas!
Vou compartilhar um sonho que tive uns dias atrás e que ainda não me saiu da cachola ;) hehe o sonho se tornou mais ou menos uma fanfic dos Jogos Vorazes (que aliás não terminei de assistir e nem li o livro para minha tristeza L).Claro que mudei algumas coisas e acrescentei outras, e que no fim não tem muito haver com o Jogos Vorazes de verdade, não sou lá boa escritora.Enfim, essa é só a primeira parte e espero que gostem!
Foi tudo
rápido e assustador.
Estávamos na
casa do Benjamin, sentados no chão do pequeno quintal cimentado e sem graça, com
amigos as risadas nos ajudavam a esquecer todas aquelas câmeras que nos filmavam,
ajudavam a esquecer que não se tinha mais uma vida controlada por nossos atos,
agora vivíamos em função das elites.
Mas antes de
contar à história que não é sobre mim e sim sobre Benjamin. Preciso explicar a
nossa realidade.
Há muito
tempo o mundo inteiro deixou de ser mundo, as pessoas deixaram de se compadecer
com o próximo. A partir da extinção da América do Norte transformada em
distritos, nasceram os jogos vorazes.
Não demorou
muito para o mundo inteiro passar a adotar o mesmo regime, todos os países de
sua maneira, uma mais primitiva do que a outra,
por todos os lados haviam jogos vorazes um atrás do outro. No Brasil foi
mais extremista câmeras foram estaladas dentro das casas, não existe “pobreza”
todas as casas são iguais agora, todos trabalham em função dos jogos vorazes. Não
existe mais comida e sim uma ração que são dadas para as famílias. As elites,
aqueles que antes de tudo mudar já eram considerados ricos e devo dizer que são
poucos, mas que conseguem fazer a cabeça da população. Apesar de o Brasil ser
um país grande era pouco os distritos, eram sete, não tinha faixa etária, qualquer
um podia ser escolhido.
Cidades foram
destruídas e cenários foram construídos e no meio da desgraça, um hotel de luxo,
onde o mestre de cerimônia fica quando
faz a sua visita e o programa acontece.
Meus pais e
irmãos trabalharam até não agüentar mais, e foi exatamente isso que
aconteceu...
Por muito
tempo fiquei sozinha com medo de me acharem e por não ter ninguém, ser
escolhida. Até que Benjamin me encontrou, em uma das casas vazias do cenário.
Nesse mundo
assassino ver alguém por perto te faz correr e se esconder ao invés de pedir
ajuda. Com ele foi diferente, suave e lento.
Estava tão
cansada, fazia dias que não comia, não tinha força para me esconder. Ele me viu
em um canto da parede e foi até mim. Era um garoto simples e comum, seus
cabelos negros eram curtos e bagunçados. E os olhos mais vivos que já vi, me
trouxeram algo que a muito tinha esquecido, não sentia e nem me lembrava do
nome mais, seus olhos azuis me trouxeram esperança. Se o mundo realmente some a
nossa volta não posso garantir, mas nada desse mundo cruel existia naquele
momento, nada. Estendeu a mão para mim e eu segurei.
Ele me tirou
de lá e levou para sua casa, não tinha ninguém também, morava com sua avó mas
ela tinha acabado de falecer, estava sozinho a alguns meses.
Acho que foi
um alivio para ambos esse encontro. Refizemos as nossas vidas e cuidávamos da
casa que tinha sobrado para nós. E cada vez que me assustava ou me sentia fraca
com vontade de desistir quando uma nova seleção para os Jogos começava, eu me
lembrava do dia em que ele me encontrou, e de como ele me tirou de lá segurando a
minha mão. E então eu seguro sua mão até hoje.
E como eu
disse, foi rápido e assustador...
Benjamin
tinha acabado de contar uma piada e nós riamos cheios de felicidade, eu particularmente
pois na noite anterior havíamos conversado sobre nosso futuro, foi a primeira vez que vi um futuro com alguém,
a primeira vez que eu quis um futuro.
E então, um
alarme estridente disparou tão alto por todas as ruas. Aquilo nunca tinha
acontecido antes e de repente parou, a voz do mestre de cerimônias começou a
falar com seu tom de comediante e excitação.
“Pessoas vitoriosas, sobreviventes desse
tempo! Com muita honra e com orgulho anuncio, a vocês as mudanças do nosso
Jogo, hoje escolheremos os nossos campeões! Cada distrito não escolherá mais! Um
sorteio geral acontecerá através das nossas câmeras. E os campeões são...”
Meu estômago
embrulhou nada parecia real, as vozes e sons foram se afastando, não conseguia enxergar muito bem, tudo
parecia um borrão, então olhei para o Benjamin e só nele algo parecia certo e
firme.
“Benjamin
Malaresi!”
Não!
Foi à única
coisa que pensei não o Benjamin, ele era a única pessoa que eu tinha.
O tempo
passou lento depois daquele momento, nossos movimentos e pensamentos levaram
minutos para serem concluídos.
Olhei para
ele e me partiu o coração. Estava do meu lado, branco com seus olhos claros
perdidos na incompreensão do que foi
anunciado, olhava fixo o chão, sua respiração ficou tão profunda que conseguia
sentir o esforço que fazia, sua caixa torácica expandia lentamente.
Meu Benji. Não
partiram apenas o meu coração, foram além...
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