março 03, 2013

Um dia qualquer



E lá estávamos dentro do carro, todos cantando aquela velha música que todo jovem já deve ter cantando uma vez na vida, ela tocava no rádio. E o pôr do sol brincando de cegar nossas retinas. Eu apenas olhava sua nuca me esquecendo de todo o resto.
Sentada apenas olhando, me segurando para não alisar seus cabelos passá-los entre meus dedos trêmulos. Eu o olhava de longe e só queria estar perto. 
tempo passava contra nós o suficiente para transmitir um alerta de uma imensa saudade que se faria presente em poucos minutos. E o pouco tempo em que olhei diretamente para seus olhos foram suficientes para sentir o mundo sumindo vagarosamente. Como nunca havia sentido antes.
Sendo que depois de tudo a única coisa que ficou foi o cheiro do seu cigarro na minha roupa, fiquei com o gosto do seu beijo na minha boca, fiquei com as suas palavras lembradas no sorriso que carregava, e ficaram com você apenas os meus pensamentos, “Se ficaram”.
E a conclusão de todos os ensejos que se passaram, tenho a dizer que foi fácil me apaixonar pela sua nuca.


G. C. Pezzatto

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