E quando você pensa que conhece alguém, o tempo chega e leva de ti. Deixando uma dúvida..."Quem sou, quem és?"
...E então, ela andava cabisbaixa, meio curvada. Talvez medo da multidão, talvez fosse tristeza ou dor. Ou quisesse passar despercebida.
E talvez tivesse grandes olhos de ressaca, vazios e opacos, tão perto e tão longe, perdidos em um mundo não presente, um lugar que dá para paralisar o tempo, rebobinar a cena, refazer, recriar. Olhos pequenos, grandes. Tanto faz! Segue a calçada rachada, cinza claro, cinza escuro...
Talvez não fosse nada disso, talvez fosse tudo.
Algo a espera de se realizar, ou só uma ideia utópica, um sonho inopinado.
E ela passou por mim, tão pequena e sem graça. E me deixou uma dúvida crucial...
"Como seria seu rosto afinal? Delicado, fino? Pálido?...”.
E essa garota que talvez tivesse olhos de ressaca, afinal, não sabia de algo importante.
G.C.Pezzatto - 30/08/11
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